domingo, agosto 15, 2010


Mídia e Cultura
Partindo do pressuposto de que mídias são os diversos artefatos e meios de difusão da informação e cultura é a soma dos conhecimentos socialmente construídos, sabe-se que relacionam-se intimamente já que um publica aquilo que construído pelo outro.
Mas essas não são ações pontuais e isoladas, são de tal modo fundidas que é inclusive difícil dissociar.
É importante ratificar que a funcionalidade da mídia não se restringe simplesmente a difusão de cultura, mas também a constitui já que faz parte da evolução histórica de um tempo e neste tem o seu valor altamente ressignificado. Assim a caracterização da cultura é feita através das diversas mídias e as mídias por si, constituem a cultura da atual sociedade.
A evolução do tempo é responsável pela incorporação e integração desses conceitos é esse movimento social que faz a cultura de hoje valorizar a mídia e vice/versa. Como fundamenta Nestor Garcia Canclini, o termo Cultura pode ser mais bem definido como Produção, Circulação e Apropriação de Significados - que naturalmente vão sendo experimentados e sofisticados pela sociedade, com o passar dos tempos.
Mídias na Escola


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Se a utilização de mídias na educação é algo que precisa ser melhor difundido a sua integração é algo ainda mais necessário e urgente.
A utilização contextualizada das mídias na educação dinamiza, diversifica, ilustra e potencializa as ações educativas. Mas para que isso ocorra é extremamente necessário que esta utilização se dê de modo significativo – que faça parte do contexto de aprendizagem – que não seja somente para ocupar o tempo pedagógico que às vezes é extremamente ocioso.
Se bem inseridas no processo teremos todas as mídias, digitais ou não a disposição para tornar o processo ensino-aprendizagem mais dinâmico e também mais real – já que convivemos com diversas mídias no nosso cotidiano.
Para exemplificar estas afirmações recorro a minha realidade como professora de escolas da rede pública e privada de ensino em que existem diversas mídias a disposição e sua utilização é extremamente esporádica e quase sempre descontextualizada também. Possuímos laboratório de informática educativa, TV, Vídeo, DVD, Câmera Filmadora, Monitor Educacional (TV Pen Drive) e diversos outros recursos e a mídia record de utilização é somente o livro didático – como ditador de verdades absolutas e única fonte de conhecimento autorizada no contexto educacional.
Para conseguirmos desenvolver efetivamente um trabalho integrador das Mídias na Educação é urgente e necessário:
a) Investir na Formação Continuada dos Educadores;
b) Difundir as mídias como potencializadores das ações educativas;
c) Ressignificar o trabalho pedagógico a partir da Pedagogia de Projetos.
Nada mais significativo para integrar e significar o conhecimento do que a pedagogia de projetos que propõe a resolução de problemas reais como motivo para pesquisa e produção de conhecimento. Aqui temos algo que motiva, estimula e naturalmente integra as mídias já que todo o conhecimento deve ser em prol do que se quer investigar. Se nem as áreas do conhecimento precisam estar isoladas muito menos os instrumentos utilizados para que o conhecimento de fato se consolide.
Receio que a terceira margem do rio seja um espaço reservado para os profissionais da educação que negam a utilização das mídias, pois apesar do sol ter nascido para todos, nem todos o veem.
A Construção do Conhecimento e as Novas Tecnologias


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O ato de aprender e consequentemente o desenvolvimento humano sempre foram motivo de curiosidade e pesquisa dos que buscam elucidar como de fato ocorrem esses processos seja no âmbito social, afetivo ou cognitivo.
A aprendizagem somente será verdadeira se considerar a ação, a descoberta, a motivação, a construção e o contexto atual. Se é no bojo da sociedade da cibercultura, da temática, das mídias e da era digital que se dá a formação de uma nova sociedade esse espaço que não pode ser negado pela escola, mas sim explorado como potencializador das ações educomunicativas.
Como bem afirma o jargão, “formar cidadãos críticos”, implica não negar as possibilidades de inclusão digital através de uma prática educativa que esteja em sintonia com o real – preparar para vida é pouco, já que a vida acontece agora, então por meio do uso contextualizado das Tecnologias na Educação poderemos aproximar o currículo escolar do que de fato acontece além dos muros da escola.